sábado, 29 de setembro de 2012

O primeiro passo



Paixão. É dela que eu vou atrás.
Levei tempo para descobrir o que eu não quero.
E agora sigo na busca no que realmente me tira o fôlego.
Sem hesitar. Sem deixar pra depois.
Já gastei energia demais em uma vida que não me pertence.
Nunca me pertenceu.
Descontruir. Incendiar.
Essas são as palavras de ordem no momento.
Chega de contar os minutos para ir embora.

Quero que as horas escorram pelos meus dedos sem eu perceber.
Chega de repetir, repetir e repetir.
Quero ter o poder de criar.
Chega de formalidades desnecessárias.
Quero liberdade para simplesmente ser.
Chega de reações calculadas.

Quero é atitudes inesperadas.
Porque pela primeira vez eu tive a sensação de estar no lugar certo.
Eu e meus rabiscos intermináveis.
Quem sabe eles me levem mais além do que imaginava.
Quem sabe me mostrem o caminho do prazer.
Da satisfação em compartilhar minhas insanidades.
Da verdadeira paixão.


domingo, 23 de setembro de 2012

Eis a questão


Perdoar não é uma tarefa fácil. Pode ser nobre, mas nada simples. A não ser que tu tenha o coração tão generoso quanto a Madre Tereza de Calcutá ou a alma elevada do Dalai Lama, o que não é o meu caso. Claro que há vários fatores envolvidos: a proximidade que tu tinha com a pessoa, o fato em si e a tua condição emocional no momento. De qualquer maneira, sempre exige um exercício de humildade e reflexão. Todo mundo erra. Só que existem aqueles erros que, por mais que perdoados, não são esquecidos. Não dão a pessoa o direito a uma segunda chance, pelo menos não na tua vida. Mas ainda acho que mais difícil do que perdoar alguém, é perdoar a si mesmo. A gente tem a mania de se culpar por não ter feito diferente, como se o direito de errar fosse uma prerrogativa exclusiva dos outros. Parece difícil perceber que, às vezes, não resta outra alternativa senão nos perdoar e seguir adiante. Ciente da nossa condição humana falha. Porém, com a certeza de que o perdão permite o recomeço de uma história, sem o mesmo erro.

domingo, 2 de setembro de 2012

The end


Cada um teu seu limite. E a distância do trajeto percorrido até se chegar nele está intimamente ligada ao tamanho do teu amor próprio. Quanto mais tu te ama, menos provável que aceite situações que te causem sofrimento. Quanto mais tu te valoriza, menos irá permitir que outros te coloquem em segundo plano. Mas não importa que o fato se reproduza interminavelmente ao longo de meses ou anos. Muito menos os palpites alheios. Enquanto tu não atingir o teu limite, o ciclo vicioso continuará se repetindo. Até que um belo dia os surtos, traições ou desrespeito que tu aturou por tanto tempo se tornam tão insuportáveis que tu prefere a dor da solidão à agonia de permanecer em um relacionamento assim. Embora doa, tu tem a plena convicção de que não há outro caminho. De que o amor nem sempre é suficiente. Que você merece mais. Quando tu alcança teu limite, não restam dúvidas. Pelo contrário. Tu tem certeza de que vai estar bem melhor sozinha.