Perdoar não é uma tarefa fácil.
Pode ser nobre, mas nada simples. A não ser que tu tenha o coração tão generoso
quanto a Madre Tereza de Calcutá ou a alma elevada do Dalai Lama, o que não é o
meu caso. Claro que há vários fatores envolvidos: a proximidade que tu tinha
com a pessoa, o fato em si e a tua condição emocional no momento. De qualquer
maneira, sempre exige um exercício de humildade e reflexão. Todo mundo erra. Só
que existem aqueles erros que, por mais que perdoados, não são esquecidos. Não
dão a pessoa o direito a uma segunda chance, pelo menos não na tua vida. Mas
ainda acho que mais difícil do que perdoar alguém, é perdoar a si mesmo. A
gente tem a mania de se culpar por não ter feito diferente, como se o direito
de errar fosse uma prerrogativa exclusiva dos outros. Parece difícil perceber
que, às vezes, não resta outra alternativa senão nos perdoar e seguir adiante.
Ciente da nossa condição humana falha. Porém, com a certeza de que o perdão permite
o recomeço de uma história, sem o mesmo erro.
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