domingo, 23 de setembro de 2012

Eis a questão


Perdoar não é uma tarefa fácil. Pode ser nobre, mas nada simples. A não ser que tu tenha o coração tão generoso quanto a Madre Tereza de Calcutá ou a alma elevada do Dalai Lama, o que não é o meu caso. Claro que há vários fatores envolvidos: a proximidade que tu tinha com a pessoa, o fato em si e a tua condição emocional no momento. De qualquer maneira, sempre exige um exercício de humildade e reflexão. Todo mundo erra. Só que existem aqueles erros que, por mais que perdoados, não são esquecidos. Não dão a pessoa o direito a uma segunda chance, pelo menos não na tua vida. Mas ainda acho que mais difícil do que perdoar alguém, é perdoar a si mesmo. A gente tem a mania de se culpar por não ter feito diferente, como se o direito de errar fosse uma prerrogativa exclusiva dos outros. Parece difícil perceber que, às vezes, não resta outra alternativa senão nos perdoar e seguir adiante. Ciente da nossa condição humana falha. Porém, com a certeza de que o perdão permite o recomeço de uma história, sem o mesmo erro.

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